Memórias – temos ou não temos
Outro dia cheguei a uma conclusão que me deixou meio assim, sem memória…
Descobri que tenho algumas fotos da minha infância, daquelas bem gutgut que todos os pais já fizeram de seus rebentos. Já a minha adolescência (ahhhh a adolescência), essa sofre de uma carência enorme de registros, bem ao estilo de adolescentes chatos e implicantes que nunca se mostram disponíveis para os pais quando estes querem tirar uma foto daqueles momentos que, em sua maioria, são considerados micos.
A vida adulta já tem alguns registros, normalmente fotos de eventos (casamentos, festinhas de amigos, comemorações de trabalho), mas nada em especial que me faça lembrar do dia-a-dia.
Em época de smartphones
Hoje nada se compara ao uso de smartphones para tirar fotos de qualquer coisa, a qualquer momento, sem motivo e para qualquer uso.
As selfies, e suas variações, são as precursoras dessa popularização de fotos. Registramos cada momento de nossa vida, não deixando nenhum clique para trás.
Novas designações para tipos de selfies foram criadas:
Selfies (fotografia que uma pessoa tira de si mesma)
Foodfies (mostram a comida que se vai comer ou que se comeu);
Dronie (selfie batida por um drone);
Footfie (as que mostram os pés em algum contexto);
Mom Selfies (auto-retratos de mães com seus filhos em primeiro plano)
e por ai vai… (acredite, são muitos os tipos de selfies!)
Fonte: [Selfie – Wikipédia, a enciclopédia livre](https://pt.wikipedia.org/wiki/Selfie)
Podemos encarar esse momento de infinitos registros com alegria. Nunca tiramos tantas fotos com tanto prazer! Registramos, minuciosamente, o crescimento dos nossos filhos, dos netos, de uma árvore no quintal, da construção de nossa casa, de uma viagem inesquecível, etc (o céu é o limite).
Isso nos dá a oportunidade de reviver esses momentos em seus mínimos detalhes, como que contando a história novamente.
O que devemos fazer com tantas fotos?
Esse grande número de fotos, se não tivermos um atenção em nossos dispositivos (smartphones, tablets, computadores etc), pode se tornar um volume imenso de dados que não temos controle e muito menos conhecimento do que mantemos como memória.
Ter um objetivo claro de quais fotos guardar e de como manter esses registros bem organizados nos ajudará a manter o nosso acervo digital estruturado, possibilitando assim que acessemos nossas memórias a qualquer momento.
Que tal começar a pensar nas suas fotos de uma maneira diferente daqui para a frente?
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